segunda-feira, 6 de junho de 2011

INCLUSÃO


MÓDULO 1: CONCEITUALIZANDO INCLUSÃO

Para início de conversa...


A presente formação está destinada a refletirmos sobre a inclusão. Tem suas bases numa interessante proposta denominada Projeto DIA: Diversidade, Inclusão e Arte, elaborada pelas formadoras de Educação Especial (Cássia Aparecida do Vale), Língua Portuguesa (Márcia Weber), Artes (Ketheley Leite Freire Rey), Diversidades da Educação Básica (Mendes Solange Mendes da Silva) e Tecnologias Educacionais (Élidi Presciliana Pavanelli Zubler), todas do Cefapro de Sinop - MT. Esta formação foi desenvolvida por este Cefapro em 2010 com momentos presenciais e a distância, vinculados à Plataforma e-Proinfo, e apresentou muito bons resultados.

A Superintendência de Formação dos Profissionais da Educação (SUFP) da Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso reconheceu a originalidade e importância desta proposta e reestruturou a mesma para estender seu uso a processos formativos dos formadores dos Cefapros no intuito de que estes possam vir a se inspirar nesta nos assessoramentos às unidades escolares que requeiram de orientações e encaminhamentos relativos à inclusão escolar.

Muito tem sido falado nestes últimos anos a respeito de inclusão. Contudo, nem todas as escolas podem ser consideradas como inclusivas. Para começarmos a reflexão necessária para as futuras discussões, vá até o Diário de Bordo e responda a seguinte questão: que entende por inclusão?


Atividade 1:

Registre suas reflexões na ferramenta Diário de Bordo. Lembre que seus comentários só podem ser lidos por você e seu tutor.










Feita esta reflexão, extremamente importante para o que viremos discutir em momentos posteriores, pensemos agora na palavra antônima da anterior: exclusão. Analisando nossa vida até o presente momento poderemos contatar que a grande maioria de nós deve ter enfrentado alguma situação onde se sentiu excluído. Façamos uma análise das nossas experiências e discutamos no Fórum como nos sentimos nessa ocasião.

Atividade 2:

Vá até o Fórum intitulado “Experiências de exclusão” e discuta com seus colegas situações nas quais foi vítima de exclusão. Lembre que os comentários aos depoimentos alheios enriquecerão muito as discussões e facilitaram a compreensão do tema.











Confrontemos, pois a nossa reflexão do Diário de Bordo e do Fórum e façamos uma análise dos conceitos veiculados e confiramos se houve mudança na amplitude do termo considerado no início: inclusão. Mudou nossa concepção do significado da inclusão ao confrontá-la com sua antônima exclusão? Comente suas conclusões no Diário de Bordo.

Assista ao vídeo sobre elaboração de memorial que aparece no site do You Tube acessando o link http://www.youtube.com/watch?v=W7ztGfH4yCg. Elabore agora seu memorial, salve-o no formato .doc (Word 97-2003) e poste-o na Biblioteca cuidando para nomeá-lo da seguinte forma: biblioteca1_nome.doc (a biblioteca não permite envio de documentos com espaços ou caracteres especiais).

Atividade 3:

Escreva seu memorial e poste-o na Biblioteca, tema: Reflexão e Sub-Tema: Memorial.










Lembre que o memorial é uma ótima ferramenta de trabalho em sala de aula. Além de facilitar trabalhos interdisciplinares, permite ao professor, que conheça seus alunos e possa intervir para facilitar a inclusão dos mesmos.

Pelas diferentes atividades realizadas até o momento deve ter percebido que ao falarmos de inclusão, abordamos muito mais que aspectos físicos ou mentais. Trata-se de um conceito que abrange aspectos sociais, culturais, étnico-raciais, religiosos, comportamentais, etc. Ou seja, incluir na escola compreende muito mais que acessibilidade...

Para entendermos melhor a amplitude das ações inclusivas que devem ser observadas pelos educadores, nada melhor que lermos os textos:

Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

Todas as crianças são bem-vindas à escola

Integração x Inclusão: Escola (de qualidade) para Todos

QUEM SÃO OS EXCLUÍDOS


Faça um comentário sobre os textos analisados no Fórum de discussão “Por dentro da inclusão”.


Atividade 4:

Os textos analisados permitiram compreender ainda melhor o conceito de inclusão. Comente no Fórum “Por dentro da inclusão” os aspectos das leituras que mais chamaram sua atenção. Contribua também comentando as observações dos seus colegas.











Inclusão Escolar


As escolas de qualidade são espaços educativos de construção de personalidades humanas autônomas, críticas, espaços onde crianças e jovens aprendem a ser pessoas. Nesses ambientes educativos, ensinam-se os alunos a valorizar a diferença pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino ministrado nas salas de aula, pelo clima sócioafetivo das relações estabelecidas em toda comunidade escolar – sem tensões competitivas, mas com espírito solidário, participativo. Escolas assim concebidas não excluem nenhum aluno de suas classes, de seus programas, de suas aulas, das atividades e do convívio escolar mais amplo. São contextos educacionais em que todos os alunos têm possibilidade de aprender, freqüentando uma mesma e única turma.

Maria Teresa Eglér Mantoan

Reflita agora em seu papel de formador do Cefapro. Com certeza, em momentos desta sua caminhada profissional, observou situações relativas ao tema da inclusão que merecem ser relatadas, independentemente da sua área de formação ou de atuação. Reflita sobre a compreensão que as escolas que acompanhou têm sobre este tema. Lembre que para fazer esta reflexão não há necessidade de identificar o lócus, apenas de expor o fato e de discutir a forma em que as instituições escolares estão tratando deste assunto e a percepção que as mesmas têm sobre o combate a todo tipo de violência.

Atividade 5:

Registre suas opiniões sobre o assunto no Fórum “Visão das escolas”. Não se esqueça de comentar as postagens dos seus colegas. Isso virá a contribuir na aprendizagem do grupo.

Endereço do módulo 1

https://docs.google.com/document/d/1biBIqZUlBLwEGnCilrIgwXskOtB9vO6KRkLNsgy3Wlc/edit?hl=en_US&pli=1#

domingo, 5 de junho de 2011

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B5e8JkhsKpLONWIyYzIwYmEtYTViMC00MTBiLTkwODgtMjE3MTMyYzVmMDYx&hl=en_US
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domingo, 9 de novembro de 2008

Vivendo nas contradições e incertezas
José Manuel Moran
Texto do meu livro Aprendendo a viver. 4ª ed. São Paulo: Paulinas, 2008, p.24-25.

Somos profundamente contraditórios. Essa é a nossa riqueza e pobreza. Riqueza, porque nos mostra como um mosaico cheio de cores diferentes, de desenhos irregulares, que, no conjunto, fazem sentido. Pobreza, porque há muitas diferenças entre o que queremos e aquilo que somos, entre o que dizemos e o que fazemos. Todos somos profundamente contraditórios. Esse é o ponto de partida para avançar. Aceitar essa precariedade, provisoriedade, incompletude.
Somos muito diferentes uns dos outros nas nossas reações, motivações, comportamentos. Não podemos impor nossa forma de ver como a única possível. Os que impõem uma única moral, um único ponto de vista, um só comportamento não entenderam a complexidade do ser humano. Os moralistas, que ditam regras, costumam esconder suas inseguranças, nas certezas que impingem aos outros, em comportamentos que costumam não praticar.
Uma das aprendizagens mais difíceis da vida é desconfiar das certezas, descrer dos que aparentam saber tudo, rever dogmas que parecem definitivos e aceitar conhecimentos mais provisórios, incertos, incompletos. É preferível viver com poucas certezas solidamente construídas, do que com muitas nunca questionadas. Nossos pais e mestres nos ensinaram aquilo que tinham como certo, em geral, de boa vontade. Nossa tarefa é reexaminar ese ensinamento, revê-lo à luz da nossa experiência e não ter medo de questioná-lo, repensá-lo e, se for necessário, mudá-lo. Nosso compromisso é com a verdade que percebemos em cada momento e não com verdades absolutas, imposições externas.
É melhor caminharmos na incerteza e aceitar nossas contradições do que agirmos teleguiados por verdades absolutas que nos infantilizam. Esse é o primeiro passo para aprender sem que sejamos impedidos de crescer, para ser mais humanos e nos realizar cada vez mais.